9º ano - Teixeira Pombo (2º Bimestre)
Conteúdos: Resenha, resumo e colocação pronominal.
Resenha:
Resenha é um gênero textual que consiste na descrição de um texto ou de um filme, no qual quem escreve pode expressar a sua opinião.
As resenhas são textos lidos por pessoas que desejam obter informações sobre um conteúdo, como o que ele aborda ou se é bem avaliado pela crítica.
Elas podem influenciar a decisão do leitor em escolher entre ler um livro ou outro, assim como do espectador em assistir a um filme específico, portanto, as resenhas ajudam as pessoas a decidirem se consomem ou não determinado conteúdo cultural.
A resenha não é um resumo. Resumo é um texto que tentar reduzir, ao máximo, o que está escrito numa obra. O resumo é uma apresentação fiel do texto, portanto, não pode ser opinativo.
As características da resenha são:
- as resenhas são textos descritivos, ou seja, o resenhista descreve o texto com suas palavras, oferecendo um apanhado da obra;
- as resenhas podem ser opinativas;
- as resenhas são breves.
Estrutura da resenha
Como qualquer gênero textual, a resenha tem um padrão que permite que ela seja identificada dessa forma:
1. Bibliografia da obra resenhada, de acordo com as normas da ABNT;
2. Identificação do resenhista, que pode conter apenas o seu nome, ou ser mais completo e contemplar também profissão/título;
3. Texto da resenha contínuo, ou seja, sem quebras de subtítulos. Esse texto deve ser organizado em introdução, desenvolvimento e conclusão, o que pode ser feito da seguinte forma:3.1. Introdução da resenha - informações sobre o autor da obra, tais como formação, local e tempo onde viveu e outras obras que escreveu, bem como informação acerca do tema e do gênero da obra, como é feita a sua abordagem qual a intenção do autor.
3.2. Desenvolvimento da resenha - informar como a obra é organizada em termos de texto e de imagem, a que leitor ou espectador ela se destina.
3.3. Conclusão da resenha - informar se o tema é fácil de entender, se a obra é interessante e se destaca dentro do seu gênero, comparar com outras obras do mesmo autor.
Diferença entre resenha e resumo
A diferença entre resumo e resenha é que o resumo descreve os acontecimentos de um texto ou filme de forma breve, ou seja, sem detalhes. A resenha, por sua vez, relata sobre o assunto de que o texto ou filme aborda, sem descrever os acontecimentos.
Isso quer dizer que o resumo é uma apresentação breve e fiel ao texto. Assim, quem o escreve não acrescenta nada novo, bem como não opina acerca do seu conteúdo.
A resenha não se resume a descrever o conteúdo de forma resumida. Seu objetivo é apresentar a proposta do texto ao leitor com a intenção de influenciar a sua escolha.
Resumo:
O resumo de texto é um mecanismo em que se aponta somente as ideias principais de um texto fonte, de forma que é produzido um novo texto, no entanto, de maneira resumida, abreviada ou sintetizada.
Em outras palavras, o resumo é a compilação de informações mais relevantes de um texto original e não uma cópia.
Podemos fazer o resumo de um livro, capítulo, conto, artigo, dentre outros. Alguns especialistas apontam que o resumo deve conter pelo menos 30% do documento original, ou seja, se um texto apresenta 10 páginas, o resumo deverá conter 3 laudas.
Sem que notemos, utilizamos o resumo de diversas maneiras no dia a dia. Isso acontece, sobretudo, na linguagem informal, quando contamos um fato para os amigos, um filme que passou na televisão, o capítulo da novela ou do seriado, a aula em que não estivemos ou um livro que lemos e queremos indicar.
Colocação pronominal:
A colocação pronominal indica a posição dos pronomes átonos - me, nos, te, vos, se, o(s), a(s), lhe(s) - em relação ao verbo, do que resulta a próclise, a mesóclise e a ênclise.
Antes de entender como cada um dos casos deve ser usado, a primeira regra é: a colocação pronominal é feita com base em prioridades. O caso que tem mais prioridade é a próclise, e se nenhuma das situações satisfizer o seu uso, é utilizada a ênclise. Lembrando que a mesóclise somente é utilizada com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito.
Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem o pronome:
1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:
- Não o quero aqui.
- Nunca o vi assim.
2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos (alguém, ninguém, tudo…) e demonstrativos (este, esse, isto…):
- Foi ela que o fez.
- Alguns lhes deram maus conselhos.
- Isso me lembra algo.
3. Advérbios ou locuções adverbiais:
- Ontem me disseram que havia greve hoje.
- Às vezes nos deixa falando sozinhos.
4. Palavras que expressam desejo e também orações exclamativas:
- Oxalá me dês a boa notícia.
- Deus nos dê forças.
5. Conjunções subordinativas:
- Embora se sentisse melhor, saiu.
- Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.
6. Palavras interrogativas no início das orações:
- Quando te deram a notícia?
- Quem te presenteou?
Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com verbos do futuro do presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que atraiam a próclise:
- Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do presente: orgulharei)
- Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do pretérito: orgulharia)
Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:
1. Verbos no imperativo afirmativo:
- Depois de terminar, chamem-nos.
- Para começar, joguem-lhes a bola!
2. Verbos no infinitivo impessoal:
- Gostaria de pentear-te a minha maneira.
- O seu maior sonho é casar-se.
3. Verbos no início das orações:
- Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo.
- Surpreendi-me com o café da manhã.
Colocação pronominal nas locuções verbais
Nos exemplos acima existe apenas um verbo atraindo o pronome.
Agora, vejamos como ocorre a colocação do pronome nas locuções verbais. Lembrando que as regras citadas para os verbos na forma simples devem ser seguidas.
1. Usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções verbais em que o verbo principal esteja no infinitivo ou no gerúndio:
- Devo-lhe explicar o que se passou. (ênclise depois do verbo auxiliar, “devo”)
- Devo explicar-te o que se passou. (ênclise depois do verbo principal, “explicar”)
2. Caso não haja palavra que atraia a próclise, usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar em que o verbo principal esteja no particípio:
- Foi-lhe explicado como deveria agir. (ênclise depois do verbo auxiliar, “foi”, uma vez que o verbo principal “explicar” está no particípio, “explicado”)
- Tinha-lhe feito as vontades se não tivesse sido malcriado. (ênclise depois do verbo auxiliar, “tinha”, uma vez que o verbo principal “fazer” está no particípio, “feito”)
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